quinta-feira, 28 de junho de 2012

Manifestação exige o fim às perseguições aos ativistas contrários a Belo Monte


Atendendo o chamado do Fórum Estadual de Lutas, mais de 300 pessoas estiveram em frente à sede do Banco Central, em Belém-PA, hoje pela manhã, criticando a pólítica econômica do governo federal e prestando solidariedade aos 11 ativistas contrários à construção da barragem de Belo Monte, que estão sob investigação policial.


Um grande baner mostrava que a prioridade do governo Dilma, conforme o Orçamento Geral da União para 2012, segue sendo o pagamento de juros e amortizações da dívida pública. Mais de 47% de tudo o que o governo arrecadar irá parar, mais uma vez, nos bolsos dos banqueiros agiotas.

Educação e Saúde ficarão com 3 e 4%, e Ciência e Tecnologia com 0,43% (o mesmo percentual que irá para a Segurança Pública). O gráfico mostra que o Estado tem como investir e atender as demandas do povo trabalhador, mas revela, também, que o governo e o parlamento federal não estão dispostos a solucionar os graves problemas que afligem a maioria da população.

Enquanto falta verbas para a Saúde, Educação, Reforma Agrária e outros, sobra pra as empreiteiras amigas do Palácio do Planalto, posto que o BNDES se dispõe a financiar 80% dos R$ 30 bilhões previstos para a construção da hidrelétrica de Belo Monte.

Isso explica, em parte, o caos instalado em Altamira. As condicionantes que governo e Norte Energia dizem executar, para minimizar os impactos da barragem, são uma farsa. Os planos e projetos do EIA/RIMA não sairão do papel. E aqueles que saírem não serão aplicados em todo sua extensão.


Os números do Orçamento da União mostram isso: as demandas do povo não são prioridases para o governo federal.

Por isso, ativistas contrários à construção de grandes barragens na Amazônia estiveram juntos aos servidores federais que estão em greve. E o "Pare Belo Monte" ecoou diversas vezes, hoje, no centro de Belém, saindo da boca de sindicalistas, ambientalistas e demais lutadores sociais.

A solidariedade aos 11 indiciados em Altamira também esteve presente no discurso de diversos
manifestantes, que exigem o fim das perseguições políticas aos ativistas que participaram do Xingu+23, compreendendo que essa atitude da Polícia Civil do Pará nada mais é do que a sequência de uma campanha de criminalização dos movimentos sociais, organizada pelos governos federal e estadual, em resposta às exigências de latifundiários, banqueiros e demais entidades patronais.

E essa criminalização atinge sindicatos, associações e movimentos que ousam questionar as políticas econômicas, salariais, ambientais, etc, impostas aos trabalhadores por governos que optaram servir aos interesses das grandes empresas capitalistas que dominam o país.

Após a concentração em frente ao Banco Central, uma passeata foi organizada, fechando uma das principais avenidas do centro de Belém, com paradas em frente aos prédios da Receita Federal e do INSS para que os grevistas manifestassem seu descontentamento com o desmonte do serviço público.


Finalizado em frente ao Theatro da Paz, um caixão com um boneco simbolizando o governo Dilma escapou de ser queimado. Mas tal ação já tem data para ocorrer: domingo, 01/07, na Praça da República, quando novo ato público será organizado pelo Fórum Estadual de Lutas.

E no domingo os ativistas do Comitê Xingu Vivo seguem nas ruas, participando do Arrastão do Pavulagem.

A luta continua...
PARE BELO MONTE.






4 comentários:

  1. Essa causa é justa, essa luta é árdua, mas é linda. Queremos o Xingu vivo pra sempre e seu povo livre e feliz

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  2. felipe dos santos gatinho rocha ou puxirum5 de julho de 2012 às 00:25

    mas não com obaoba

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  3. O Felipe dos santos é financiado pela NESA. Cuidado com ele

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  4. felipe dos santos gatinho rocha ou puxirum8 de agosto de 2012 às 16:15

    a terra cuida dos vermes de antanho e antônimos

    erram a verdade,com covardia

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